quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ciganos não são maus






Olá, pessoal, eu sou a Jéssica Brenda Silva Pereira, tenho 9 anos, estudo a 3ª série na escola Luzia Nunes Fernandes, que fica na Folha 28. Lá eu tenho muitos colegas que são especiais para mim, mas a Maria Helena é a minha melhor amiga, porque desde a Alfa nós estudamos juntas. Eu moro com meus pais, um irmão que é mais velho que eu, uma irmã que é mais nova e esperamos o Davi Filho, que deve nascer em breve. Desde quando eu soube do projeto Repórter Criança fiquei com vontade de participar e mais ainda quando o professor Raimundo me disse que eu estava entre as doze crianças escolhidas.
Eu fui entrevistar crianças ciganas em um acampamento que fica na Folha 30 e fiquei surpresa em ver que eles são pessoas normais, assim como eu e você. Apenas em algumas coisas são diferentes. Conversei com Laiane Iancovith, de 9 anos e com Larissa Iancovith, que tem 12 anos. Elas me contaram como é a rotina das crianças que vivem em tendas e cabanas.
Para elas, a vida de cigano é boa, pois eles vivem viajando de um lugar para outro, se sentem livres e conhecem muitos lugares. Eu perguntei como era a convivência dos ciganos com as demais pessoas, e Larissa me disse que é boa, mas que algumas pessoas pensam que eles são perigosos e que vivem de roubar, por isso não gostam de ficar perto do acampamento e nem de conversar com eles.
Eu perguntei se ela gostaria de deixar um recado para essas pessoas, e Larissa disse que os ciganos são iguais a todo mundo, que não são ladrões e gostam de vivem em paz.
Eu quis saber sobre o dia a dia das crianças ciganas e Laiane me disse que eles brincam, trabalham e até vão à igreja. Eu fiquei curiosa para saber como eles estudam e Laiane me explicou que eles estudam no acampamento com uma professora particular, mas quando eles estão em Goiânia, que é a cidade onde eles moram e têm suas casas, eles vão à escola.
Para comprar as roupas que usam, os ciganos vão a uma fábrica de São Paulo, mas as roupas são iguais às nossas. Outra coisa que eu quis saber foi sobre a comida deles. Larissa me disse que eles comem arroz, feijão, carne, galinha, porco, ou seja, a mesma coisa que todos comemos. Eu perguntei ainda como eles ganhavam dinheiro e ela me disse que os adultos e os jovens trabalham vendendo colchas de cama e por isso eles vivem viajando por várias cidades. Em cada lugar eles passam quatro ou cinco meses.
Eu notei que eles falavam algumas palavras em outra língua e perguntei o que era. Larissa me disse que era uma língua deles mesmo e que todas as crianças aprendiam. Eles me ensinaram nais tuque, que quer dizer obrigado. No final da entrevista Larissa e Laiane me disseram quais eram as brincadeiras que as crianças do acampamento mais gostavam: pique-esconde, pique-novela e pique-frutas são algumas delas, e eu brinquei com eles de carrossel de picolé, uma brincadeira que eu já conhecia. Foi uma tarde muito legal.





Jessica Brenda
Especial para o CT

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