quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O meio ambiente tá chorando

Gente, sou o Joab Silva e Silva, tenho 11 anos e moro no bairro Belo Horizonte. Estudo o 5º ano na escola Paulo Freire. Meu esporte favorito é o vôlei, e não o futebol, como a maioria dos meninos da minha idade.
Fiz uma reportagem com o dono de uma cerâmica, ou seja, uma fábrica de tijolos que funciona na Folha 35, próximo do rio Itacaiúnas. O nome dele é Evaldo Ramos da Silva, que me mostrou tudo naquela empresa.
Ele me disse que depois que estão prontos, os tijolos demoram em média 12 horas em uma estufa para secar e depois de seco fica na forma por três dias para assar. Eu perguntei para ele quantos quilos de barro são suficientes para fazer um milheiro de tijolos e seu Evaldo respondeu que são necessários mil quilos de barro.
Em apenas um mês de trabalho, as 28 pessoas que trabalham na cerâmica produzem 600 mil tijolos. Para fazer as máquinas funcionarem para queimar os tijolos, eles pagavam cerca de 11 mil reais de energia elétrica, mas agora, depois que mudaram algumas máquinas, estão pagando em torno de 7 mil reais.
São muitos fornos naquela cerâmica. Em cada um cabem 25 mil tijolos. Ele disse que tem tanta gente procurando comprar tijolos, que quando termina de assar tem caminhão esperando para levar para construções aqui em Marabá e em outros municípios aqui pertinho.
Todo o barro é retirado de uma área que fica a 300 metros da cerâmica. Eu fui lá e fiquei impressionado com os buracos que eles fazem para retirar o barro. É uma área muito grande onde nada cresce. Ali são formadas várias lagoas, como se fosse um pântano no meio do deserto. Seu Evaldo disse que sabe que precisa de licença para retirar o barro, mas me contou que o Ibama ainda está vendo como vai fazer para legalizar o serviço.
Eu quis saber se eles tem algum projeto para recuperar o meio ambiente, mas ele não soube responder. Disse apenas que está esperando uma posição do Ibama e da Semma (Meio Ambiente) dizendo o que é preciso fazer recuperar aquelas crateras. Seu Evaldo me disse ainda que não eles só podem retirar barro a uma distância máxima de 300 metros perto do rio. Se cavarem mais perto, serão multados na certa.


Joab Silva
Especial para o CT

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